Blackface — Marco Mendonça
Blackface é um espectáculo a solo, escrito e encenado por Marco Mendonça, uma conferência musical, entre o stand up e a fantasia, entre a sátira e o teatro físico, entre o burlesco e o documental.
Partindo de experiências pessoais e da história do blackface como prática teatral racista – desde as suas raízes nos EUA aos casos portugueses –, Marco Mendonça procura os limites do que pode, ou não, ser representado num palco.
Considerando a extensa biblioteca de eventos em que esta prática racista foi usada para retratar pessoas negras como membros inferiores da sociedade portuguesa, será possível achar que não existe racismo em Portugal?
Ficha Artística / Técnica
Direção artística, criação e interpretação: Marco Mendonça
Apoio à criação: Bruno Huca
Apoio à dramaturgia: Gisela Casimiro
Composição musical e sonoplastia: Mestre André
Desenho de luz: Rui Monteiro
Cenografia: Pedro Azevedo
Figurino: Aldina Jesus
Vídeo: Heverton Harieno
Produção: Alkantara – Sinara Suzin e Carolina Gameiro
Coprodução: Alkantara, Teatro do Bairro Alto e Teatro Viriato
Residência de coprodução: O Espaço do Tempo
Apoio à residência: Moussem Nomadic Arts Centre
Sobre Marco Mendonça
Marco Mendonça nasceu em Moçambique no ano de 1995. Concluiu, em 2015, a licenciatura em Teatro – ramo de atores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Antes de terminar o curso, iniciou a sua carreira profissional com a companhia Os Possessos, participando em criações como Rapsódia Batman, II – A Mentira e Novo Mundo. Após concluir a licenciatura, em 2015, foi selecionado para o estágio de um ano no Teatro Nacional D. Maria II, onde participou como ator em criações de Tiago Rodrigues, Formiga Atómica, Catarina Requeijo, João Pedro Vaz, Paula Diogo e Faustin Linyekula. Terminado o estágio de um ano integrou performances e espetáculos de Gary Hill, Tonan Quito, Mala Voadora, Kassys, Artistas Unidos, Ricardo Neves-Neves, Foguetes Maravilha, entre outros. Em 2019 estreou-se como autor e criador, ao lado de João Pedro Leal e Eduardo Molina, em “Parlamento Elefante”, projeto vencedor da primeira edição da Bolsa Amália Rey Colaço. Em 2021, a sua segunda co-criação, “Cordyceps”, venceu a Rede 5 Sentidos. Integra atualmente o elenco de “Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues, em digressão nacional e internacional. Na área do cinema, participou em longas e curtas metragens de Pedro Cabeleira, Salomé Lamas, Francisco Valente e Miguel Afonso Carranca. Em televisão, destacam-se trabalhos como “Amor Maior” (SIC, 2016-2017), “A Impostora” (TVI, 2016), “Nem a Gente Janta” (RTP Play, 2022) e “Emília” (RTP1, 2022). Teve a sua primeira peça de teatro editada em 2022, no âmbito de um encontro de dramaturgos ibero-americanos desenvolvido pelo Teatro Bombón (Argentina). Para além do trabalho de ator, dramaturgo e encenador, traduziu peças de teatro para produções independentes de companhias como Mala Voadora e Teatro do Vão.