Bochecha — Sementes para um Futuro | Miguel Filipe
Bochecha, Sementes para um Futuro, de Miguel Filipe, é um espetáculo musical e coreográfico para um trio de performers. Como concretizar as nossas vontades se as mesmas estão bloqueadas pela constante atividade mental? Quase sem nos deixar um passo, mexer, concretizar algo… Ou estagnamos, ou explodimos de tanta frenética atividade. Tornamo-nos então seres polirrítmicos pois vivemos em dualidade, entre o sonho e a decisão, entre a possibilidade e a realidade. Não passa só por duvidar destas dualidades, mas sobretudo por aceitá-las, afirmando-as ou exaltando-as. Toda a música tocada ao vivo é inscrita no repertório erudito contemporâneo para percussão solo. Inspirado livremente na história de vida e poesia de Stella do Patrocínio.
Ficha Artística / Técnica
Conceito e criação: Miguel Filipe
Interpretação: Eva Aubigny, Miguel Filipe e Océane Crouzier
Desenho de Luz: André Calado
Desenho de Som: Tiago Cerqueira
Espaço e cenografia: André Calado e Miguel Filipe
Figurinos: Miguel Filipe
Sonoplastia e Composição: Miguel Filipe e Tiago Cerqueira
Música de Bruno Mantovani, Iannis Xenakis, Miguel Filipe e Óscar Escudero Produção: Miguel Filipe
Coprodução: Centro Cultural De Belém
Apoio Financeiro: Fundação GDA
Gestão Financeira: Cie Aniki VóVó
Residência de coprodução: O Espaço do Tempo
Gestão Financeira: Aniki VóVó
Apoios na residência artística: O Espaço do Tempo (PT); Association La Gourguillonnaise (Lyon-FR); Cie Chatha (Lyon-FR); Boom’Structure – Pole Chorégraphique, Clermon- Ferrand (FR); Auditório Beatriz Costa – Câmara Municipal de Mafra (PT) e Les Percussions Claviers de Lyon (FR).
Agradecimentos: Joana Schweizer, Marlene Monteiro Freitas, Ricardo Filipe, Henri- Bertrand “Cookie” Lesguillier e Pierre Girard.
Sobre Miguel Filipe
Miguel Filipe (b.1994), natural de Santo Isidoro (Mafra), cresceu num seio familiar repleto de música e teatro. Actualmente, divide a sua atividade artística pela música, performance e criação/composição. Estudou Percussão na Escola Profissional da Metropolitana, Escola Superior de Música de Lisboa (Licenciatura) e Conservatoire National Supérieur de Musique et Danse de Lyon (Mestrado). Enquanto músico, já colaborou com a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra Sinfónica Casa da Música, o Ensemble Mpmp, a Orquestra de Sopros da União Europeia e co-fundou o duo de percussão Sforzanduo. Foi laureado em diversos concursos para percussão, destacando os prémios obtidos no concurso Prémio Jovens Músicos (2011, 2013 e 2016), Yamaha Music Fondation e Concours de Musique de Gèneve (2019).
Enquanto performer, colabora regularmente desde 2014 com a coreógrafa Marlene Monteiro Freitas em três peças: … De Marfim e Carne – as estátuas também sofrem… (2014); Bacantes- prelúdio para uma purga (2017) e MAL – Embriaguez Divina (2020) tendo realizado apresentações em diversos países e em alguns dos mais importantes palcos de artes performativas. Colabora também como performer com a companhia Aniki Vóvó (FR) de Joana Schweizer, nas peças: Le Bal (2020) e Les Oiseaux (a estrear em 2023); e com o Ballet du Nord (Roubaix, FR), dirigido por Sylvain Groud. Em 2021 foi selecionado enquanto coreógrafo nas formações Labo #1 Chorégraphique da Fondation Royaumont (FR) e Impuls Academy Graz (AUT), especialmente concebido para a aprendizagem de Coreografia e Performance contemporânea.
Foi Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação GDA e da Fondation Adami. Dos projetos futuros destacam-se a estreia de Bochecha – sementes para um futuro em outubro 2022, no Pequeno Auditório do CCB; e a estreia de uma ópera de François Sarhan com o ensemble Lucilin (Luxemburgo).
