COSMIC PHASE/STAGE — Ana Libório, Bruno José Silva e João Estevens / Arraial Cósmico
Projeto apoiado pelas Bolsas de Criação O Espaço do Tempo, com o apoio do BPI e da Fundação “la Caixa”.
O espaço teatral é ocupado por seres humanxs e não humanxs (objetos, estruturas, robótica), que se movem num mundo pós digital alternativo. A constante alteração dx sujeitx referencial da ação faz com que xs espectadores tenham de ajustar as suas dinâmicas de interação e comunicação ao longo do objeto. Este apresenta um percurso dramatúrgico que promove a fusão entre o espaço da performance e da instalação, tornando-se um lugar de utopia e filosofia, que procura a reflexão sobre arte e tecnologia.
Ficha Artística / Técnica
Criação e Performance: Ana Libório
Performance: André Loubet
Criação e cenografia: Bruno José Silva
Criação e performance: João Estevens
Produção Executiva: Tânia Geiroto Marcelino
Produção: Arraial Cósmico – Associação
Residências artísticas/Apoios: O Espaço do Tempo, Rua das Gaivotas 6/Teatro Praga, Pólo Cultural Gaivotas Boavista/Câmara Municipal de Lisboa, Centro Cultural Malaposta/Minutos Redondos/Câmara Municipal de Odivelas, Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo
Outros Apoios e Parcerias: Paralaxe/Erro Universal – Núcleo de Investigação, Contemporânea/Making Art Happen, Centro Cultural de Belém
Financiamento: Teatro Nacional D. Maria II, Fundação GDA, Temps D’Images/DUPLACENA
Co-produção: Bolsa de Criação O Espaço do Tempo, com o apoio do BPI e da Fundação ”la Caixa”
Projeto criado no âmbito do programa Antecipar o Futuro, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, com o apoio da NTT DATA e em parceria com O Espaço do Tempo
Sobre Ana Libório, Bruno José Silva e João Estevens / Arraial Cósmico
Ana Libório: Artista transdisciplinar português não binário; performer com base em Berlim e Lisboa. Tem formação em Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), e em Filosofia Estética na Universidade de Lisboa Faculdade de Letras (mestrado FLUL). Atualmente estuda dança (HZT/UDK) em Berlim. Nos seus trabalhos questiona o corpo híbrido enquanto representatividade coreográfico-digital numa prática performativa intermodal, alargando assim a amplitude da prática performativa enquanto estratégia de engajamento sócio-político-digital (survival strategies). O seu trabalho mais recente é a performance Capturing|you| Fictional Politics of Movement (Lisboa) e “Tragic, this is so tragic” nos UfferStudios em Berlim.
Bruno José Silva: Artista visual. Tem formação em arquitetura (FA.ULisboa) e fotografia (Bolsa de Mérito na Formação Completa de Fotografia da HÉLICE). Concentra a sua pesquisa artística no conceito da imagem, explorando diferentes aspectos do mesmo, a partir de diferentes abordagens e perspectivas. A imagem, entendida de forma ampla, está sempre presente como mecanismo, ferramenta e conceito sobre o qual procura questionar o seu estatuto, a sua utilização e os mecanismos da sua produção. Apresenta o seu trabalho em exposições coletivas e individuais, em espaços independentes e institucionais. Expõe regularmente desde 2016, das exposições mais recentes destacam-se ‘Limit of Disappearance’ no Banco das Artes Galeria (Leiria, 2022); ‘Dream sequence’ com cur. Manon Klein em Marvila Art District (Lisboa, 2022), ‘Nature tuned to a dead channel’ em EGEU (Lisboa, 2022); ‘Um corpo, um rio’ com cur. David Revés em Galeria Liminare (Lisboa, 2021). Foi artista em residência e apresentou o seu trabalho em ‘Planalto – Festival de Artes 2021’ e em ’raum: residências artísticas online 2020’ a convite dos alunos de Curadoria de Arte na NOVA FCSH em parceria com as Galerias Municipais/EGEAC. Desde 2018, tem vindo a colaborar com teatro e performance, para o qual desenvolve cenografia e fotografia, destacando os espetáculos ‘All You Can Eat’ no MAAT (Lisboa, 2022), ‘Esa Cosa LLamada Amor – 10 anos depois’ no Centro Cultural de Belém (Lisboa, 2021), ambos da companhia de teatro Plataforma285; ‘Capturing You | Fictional Politics of Movement’ em Rua das Gaivotas 6 de Ana Libório (Artista do Bairro 2021). Foi vencedor do Prémio Vídeo Keep It Brian (Balaclava Noir, 2021), finalista dos Jovens Criadores (IPDJ, 2021) e distinguido com uma menção honrosa pelo seu trabalho na Bienal JOV’ARTE de 2019. Vive e trabalha em Lisboa, Portugal.
João Estevens: João Estevens é performer, dramaturgo e investigador em ciências sociais, estando, atualmente, a finalizar o seu doutoramento na Universidade Nova de Lisboa. Iniciou o seu percurso artístico no teatro universitário, estudou no Forum Dança e trabalhou como intérprete (com Adriana Aboim, Daniel Gorjão, João Fiadeiro) antes de desenvolver a sua investigação artística. Enquanto criador, preza formatos híbridos, criados através de longos processos de experimentação e de investigação, expandindo o uso da improvisação enquanto método de criação, e questionando as interações com o nosso tempo e espaço, bem como com as estruturas de poder existentes.
Na sua prática artística, cada vez mais, procura o cruzamento entre as artes performativas e as artes visuais no desenvolvimento da sua linguagem. Foca-se na composição de novas dramaturgias, tendo colaborado, neste sentido, com artistas emergentes em Portugal. Integra a Rabbit Hole, estrutura onde tem fortalecido as suas práticas colaborativas. Entre 2019 e 2020 é um dxs artistas selecionados para participar no projeto europeu ‘Open Access – Experimenting with performing arts and transmedia creation’. Os seus trabalhos mais recentes são a performance transmedia C\:>how2become (data) & dissolve_into: ‘tears’, coproduzida pelo TBA-Teatro do Bairro Alto e Teatro Viriato, e a coordenação editorial da obra Artes Performativas e Cultura Digital.
Arraial Cósmico – Associação: A Associação Cultural Arraial Cósmico foi fundada por um grupo de artistas, em Lisboa, em 2021, de modo a mediar e articular áreas artísticas dedicadas à produção, curadoria e criação de eventos/objetos artísticos. A Associação Cultural Arraial Cósmico dedica a sua atividade à realização de espetáculos de teatro e performance, debates, encontros, exposições e partilhas de práticas artísticas com a comunidade em geral. Tem como génese a promoção de expressões artísticas transdisciplinares, linguagens e estéticas dissidentes, valorizando assim a criação artística experimental. Da associação fazem parte um grupo de artistas provenientes de várias áreas, desde o teatro, a dança, a performance, o vídeo, e o cinema. Tem como foco a inclusividade no que diz respeito a expressões de identidade(s), a elevação da(s) comunidade(s) onde se insere, perspectivando também a salvaguarda de direitos de artistas e investigadores, apoiando trabalhos de investigação de real interesse para o levantamento e fruição das potencialidades culturais.