Espelhos e Monstros — Paula Diogo / Má-Criação

Espelhos e Monstros — Paula Diogo / Má-Criação

Espelhos e Monstros — Paula Diogo / Má-Criação

“because the archetypal white woman, sexy but not slut, married but not meek, a good job but not so successful she upstages her husband, slim but not hung up about food, eternally youthful without needing to be hacked at by plastic surgeons, fulfilled as a mother but not overburdened by napies and homework, a talented hostess but not than a man, this blissfull white woman constantly being waved under our noses, this woman we’re supposed to strive to be like – though she seems to slog her guts out for fuck-all in return – is someone I’ve never encountered, anywhere. I suspect she doesn’t exist.” King Kong Theory, Virginie Despendes

O ponto de partida para o trabalho é um vídeo filmado em 2019. Neste, uma mulher vestida de mulher-maravilha caminha ininterruptamente pelas paisagens inóspitas da Islândia. Não sabemos exactamente quem é, nem o que faz, mas nessa caminhada assistimos ao desfazer de uma figura que conhecemos da ficção, uma figura com super-poderes que neste cenário não tem qualquer significado. Nessa caminhada de apagamento, outras figuras surgem e a transmutação assume-se como o motor da acção.

 

Ficha Artística / Técnica 

Criação e performance: Paula Diogo | Co-criação: Renato Linhares (BR) | Acompanhamento dramatúrgico: Mariana Ricardo | Apoio ao movimento: (a confirmar) | Criação musical (a confirmar) | Desenho de luz Daniel Worm | Desenho de som Suse Ribeiro | Espaço cénico: (a confirmar) | Direcção de produção Daniela Ribeiro
Uma produção: Má-Criação | Coprodução: Teatro Nacional D. Maria II, apap – Feminist Futures | Residências de coprodução: O Espaço do Tempo e 23 Milhas
Projeto financiado pela República Portuguesa – Cultura / DGArtes
Paula Diogo é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, uma rede criada por 11 instituições de 11 países, que partilham a ideia de que a arte pode iniciar mudanças sociais poderosas.
A Má-Criação tem o apoio da CML e é uma estrutura associada do Espaço Alkantara

 

Sobre Paula Diogo / Má-Criação

A MÁ-CRIAÇÃO Associação Cultural é uma estrutura sediada em Lisboa, criada por um grupo informal de artistas responsáveis pelos projectos Masako Point – Projecto 101 (2008) e Learning to Swim (2010). Formalizada como Associação Cultural em 2015, a estrutura acolhe e produz neste momento os trabalhos de Paula Diogo e Alex Cassal, mantendo uma relação de proximidade com um núcleo de artistas regulares. Assume-se ainda como uma plataforma de produção para artistas interessados em criar pontes com projectos e criadores de outros contextos culturais, artísticos e geográficos, com uma forte componente autoral e assentes em processos de pesquisa e colaboração.

PAULA DIOGO (Lisboa, 1977) É performer e encenadora com um particular interesse por ideias improváveis. Com um percurso marcado por processos colaborativos, nos últimos anos tem dividido a sua prática artística entre a criação e a produção. Bacharelato em Formação de Actores/Encenadores pela ESTC em Lisboa. Mestrado em Artes Performativas da LHÍ (Academia Islandesa de Artes) com bolsas da FCG e GDA. Foi co-fundadora do Teatro Praga, da TRUTA e d’O Pato Profissional Lda. Em 2004 foi distinguida pelo CPAI com o Prémio Teatro na Década – Melhor actriz pelo espectáculo ‘Private Lives’, do Teatro Praga. Em 2006 foi bolseira do CNC com os Gob Squad (UK/DE) em Berlim. Em 2007 frequentou o Curso de Encenação do Programa CCA da FCG com os ingleses Third Angel. Em 2010 foi encenadora residente no NTN em Nápoles, Itália, dirigido por Antonio Latella. Trabalhou com vários artistas e companhias ao longo dos anos entre os quais: Lúcia Sigalho, Filipe Melo, Antonio Latella, Tiago Rodrigues, Madalena Victorino, Nuno Carinhas, João Pedro Vaz, Pedro Lacerda, Jacinto Lucas Pires, mala voadora, Cão Solteiro, Alain Fourneau, Philippe Quesne e Rimini Protokoll. Nos últimos anos tem mantido colaborações regulares no âmbito da Má-Criação com os artistas Alfredo Martins, Cláudia Gaiolas, Renato Linhares, Alex Cassal e Alexander Kelly, assumindo a estrutura como uma plataforma de contacto entre criadores de diferentes proveniências artísticas e geográficas. Paula Diogo é uma das artistas apoiadas pela apap – FEMINIST FUTURES um projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia. Vive em Lisboa.