Esquecimento — Teatro da Cidade

Esquecimento — Teatro da Cidade

EsquecimentoTeatro da Cidade

Quando pensamos no conceito de esquecimento, automaticamente sentimo-nos pouco cúmplices deste desejo. Querer ser-se esquecido, esse direito, essa necessidade, ou mesmo essa inquietação, surge-nos como ponto de partida para reflectirmos o que numa sociedade contemporânea nos impele ao contrário: a eternidade, a memória, o reconhecimento. Por outro lado, num momento em que vários instrumentos sociais, os meios de comunicação social, redes sociais, registos ou arquivos da internet, remexem a nossa relação com a memória, deixando que o carimbo de uma doença ou um erro, uma decisão, uma citação reapareçam ao longo da vida de um indivíduo como impedimento ou definidor da sua personalidade, rastreando ao ponto de reduzir a possibilidade do desaparecimento – ou do esquecimento, surge a questão: qual a legitimidade para que algo ou alguém seja esquecido?

O espectáculo Esquecimento é a nova criação colectiva do Teatro da Cidade. Nasce do Direito ao Esquecimento, presente na Nova Carta dos Direitos Humanos na Era Digital.

 

FICHA ARTÍSTICA / TÉCNICA

Criação colectiva: Teatro da Cidade
Interpretação: Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque, Rita Cabaço
Cenografia e Figurinos: Ângela Rocha
Desenho de Luz: e operação Rui Seabra
Vídeo e imagem: Luís Belo
Desenho de Som: Sérgio Milhano
Design e edição do livro: Luís Belo

M/12
Duração: 90’ aprox.

 

SOBRE TEATRO DA CIDADE

O Teatro da Cidade foi fundado em 2015, por Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço. O Teatro da Cidade tem vindo a desenvolver o seu trabalho focando-se na importância do texto para a criação de um espectáculo, usando para isso obras do repertório da dramaturgia mundial, e procurando a produção de textos originais que cria para os espectáculos (“Topografia”, “que boa ideia, virmos para as montanhas”, “Agora, que o carro do sol já passou”, “Karoshi”, “Lamento de Ĉiela”). Desde 2019, mantém em Viseu, o projecto CRETA – laboratório de criação teatral, com o apoio do Município de Viseu.