.G RITO — Piny

.G RITO — Piny

.G RITO — Piny

website | facebook | instagram

A nossa ancestralidade é futuro e presente, e somos muitos corpos em relações densas, intensas, eróticas, irmãs. Existe uma anulação do tempo linear, do espaço concreto, e este grito é dado numa narrativa desalinhada mas precisa, com as geografias das nossas histórias passadas e futuras. São as nossas bisavós, avós, mães e nós próprias, filhas de uma história que tem de ser reescrita, porque quem a contou não tinha a verdade, apenas o poder. Este corpos são políticos, celebram, desejam, revoltam-se, amam-se, protestam. São corpos trabalho, corpos violentos, corpos poéticos, corpos prazer. Corpos não conformados e não formatados. Este é um tempo tão antigo que ainda não o encontrámos à frente.

 

Ficha Artística / Técnica

Conceito, coreografia e direção artística: Piny
Interpretação e co-criação de movimento: Adrielle ‘Nala’, Aina Lanas, Catarina Ribeiro, Leo, Lúcia Afonso, Piny, Carincur, Carolina Caramelo (participação em residências de Julianne Casabalis, Maria Antunes, Monaxi e Vânia Vaz Doutel)
Sonoplastia, voz e live act: Carincur
Desenho de luz: Carolina Caramelo
Figurinos: Louise L’Amour & Veronique Divine, Piny
Coprodução: Teatro Municipal do Porto / DDD – Festival Dias da Dança, Centro Cultural de Belém
Apoios: DGartes, Bolsa O Espaço do Tempo e La Caixa
Residências Artísticas: Teatro Municipal do Porto – Teatro do Campo Alegre, O Espaço do Tempo, Espaço Alkantara, Estúdios Victor Cordon – Residências Artísticas
Produção: Joana Costa Santos

 

Sobre Piny

Nasceu em Lisboa, de ascendência portuguesa e angolana. Terminou a licenciatura em Arquitetura, na FAUTL em 2007 e uma pós graduação em Cenografia em 2009 e neste mesmo ano completou a formação “Scenography, Dance and Architecture” em Paris na École National d’Architecture e CND. Trabalhou 4 anos como Arquiteta e escreveu a tese final de licenciatura sob o tema “Tipologias habitacionais do Alto da Cova da Moura” após investigação no terreno durante um ano. Em 2012 termina a licenciatura em Dança na ESD. O percurso na dança começou em 1999 onde iniciou os estudos em danças do Médio Oriente e Norte de África, e desde 2006 tem feito um percurso de aprendizagem, pesquisa e ensino de danças urbanas Norte Americanas (Breakdance, Hip Hop, House, Vogue, Waacking) e fusão destas linguagens. Esta aprendizagem foi feito sobretudo entre diversas cidades europeias e Nova Iorque, entre espaços informais e formais. Em 2018 frequentou o curso “Dance Afrique – Experimental Flow” na École des Sables, Senegal e em 2021 frequentou o retiro Sufi, conduzido por Rana Gorgani. Desde 2012 existe um foco na sua pesquisa na fusão e intersecção de todas estas linguagens na criação de novos vocabulários e entendimento dos contextos políticos e sociais, assim como uma crescente pesquisa em práticas somáticas e de transe.