Dicionário da Fé
Ninguém precisa de acreditar no real. Ter fé é confiar no que não é a evidência dos casos. O mais claro de todos é o da própria morte. A crença de que a morte não constitui o fim dos seres é o emblema de todos os atos de fé que, como a expressão leap of faith tão bem expressa, implica um salto. A fé é sempre um salto. Um salto sobre a realidade e a racionalidade.
Em Dicionário da Fé, Jean Paul Bucchieri parte do texto de Gonçalo M. Tavares e olha para a fé como um modo de contornar o real. Resta então saber se o mundo que conhecemos, ou julgamos como autêntico, não é ele também um ato de fé.
Texto original Gonçalo M. Tavares
Encenação, espaço cénico e desenho de luzes Jean Paul Bucchieri
Intérpretes Ana Cris, Beatriz Brás, Catarina Couto Sousa, Cláudio da Silva, Donatello Brida , João Vicente e Pedro Lacerda Colaboração dramatúrgica David Antunes
Observadores Beatriz Mestre Costa, Teresa Machado, Gonçalo Rios e Marta Antunes
Direcção de produção Marta Moreira
Produção Horta Seca
Coprodução: Teatro Nacional D. Maria II
Residência de Co-produção: O Espaço do Tempo
Apoios: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Agradecimentos: Padaria do Povo; Marcos Barbosa, Escola do Largo; Tânia Guerreiro; José Fernandes.