O Tempero — A Algures
Este espectáculo é um jogo de objectos, um desfiar de histórias fragmentadas, um emaranhado subterrâneo que tece o nosso dia-a-dia. Aqui aprendemos a liberdade, a cozedura, aqui abolimos os relógios e dilatamos a data.
As Anas transitam entre personagens: uma mulher que se desdobra, ou várias que se juntam para contar as vidas de outras mulheres que passam e atravessam os corpos, os objectos, as vozes e gerações. Passamos por tarefas e perguntas, pelo dia-a-dia refugado, desvendado por filosofia próxima e concreta.
O Tempero é uma invocação, uma longa espera, tudo o que cabe nela e tem lugar nesta cozinha-atelier-altar-laboratório.
Será essa espera o lugar das revoluções mais silenciosas?
Ficha Artística / Técnica
Texto: Matilde Real | Direcção: Susana Cecílio | Co-criação: Ana Sofia Santos, Anabela Ribeiro, Matilde Real, Poliana Tuchia e Susana Cecílio | Dispositivo Cénico e Desenho de Luz: Nuno Borda de Água | Pesquisa de máscara: Elisa Rossin | Produção: Thalita Araujo | Assistência de Produção: Ana Pinto | Fotografia: Beth Freitas | Assessoria de Imprensa: Levina Valentim |
Sobre A Algures
ALGURES é uma estrutura de criação, formação de públicos e programação, fundada em 2008 com a direcção artística de Susana Cecílio. Desdobra-se em projectos de cariz interventivo, com criações que refletem sobre a vida contemporânea, utilizando suportes e linguagens diversificadas, como o teatro narrativo, o teatro físico e o clown.
É uma estrutura consciente do seu papel e do impacto para a cidadania, por isso além de criar espectáculos que cruzam repertórios da literatura popular com a literatura erudita, programa com regularidade, abrangendo públicos diversos e contextos menos evidentes. A versatilidade do teatro narrativo tem permitido aos seus criadores regulares representarem Portugal e a língua portuguesa em festivais internacionais.
A partir de 2013 a Algures afirma-se como entidade de criação, pautando-se por uma linha artística focada na palavra no teatro narrativo, spoken word, clown e na mediação cultural. Assume, igualmente, um maior protagonismo na cena teatral portuguesa no âmbito das novas dramaturgias, tanto no que diz respeito ao convite a escritoras/es para a criação de novos textos para as novas criações, quanto à própria lógica de programação, privilegiando espectáculos com
dramaturgias autorais.




