A Minha Morte — Mickaël de Oliveira
Num futuro próximo, após uma série de catástrofes naturais e guerras, aceleradas pela subida da temperatura no planeta, a humanidade que sobrou reorganizou-se em pequenas comunidades, constituídas politicamente como Cidades-Estado, criadas junto a lençóis freáticos. A Minha Morte propõe uma ficção baseada na oratória, onde uma das figuras principais de uma cidade-estado, em crise profunda, fala ao seu auditório, entre acusações ao parlamento que rege a cidade e algumas lições apaixonadas e violentas para sobreviverem nos próximos 50 anos.
Escrito e dirigido por Mickaël de Oliveira, em colaboração com os compositores e sonoplastas Rui Lima e Sérgio Martins para uma escrita coral, o solo é protagonizado por Siobhan Fernandes, com desenho de luz de Rui Monteiro, figurinos de Sara Loureiro, assistência de encenação de Rita Morais e com direcção de produção de Francisco Leone.
A Minha Morte é uma reescrita profunda e aumentada de Lições para a Sobrevivência (2011) do mesmo autor, que se inspirou em Morro como País, do dramaturgo grego Dimitris Dimitriadis. A Minha Morte é o primeiro episódio do díptico Episódios da Vida Selvagem, dando seguimento ao segundo com A Minha Vida.
A Minha Morte estreia a dia 1 de outubro de 2022 no TAGV (Coimbra), e apresenta-se, em 2023, por Aveiro (Teatro Aveirense), Leiria (Teatro José Lúcio da Silva), Loulé (Cine-teatro Louletano) acompanhado de A Nossa Vida. Em 2024, Episódios da Vida Selvagem continua a ser apresentado em outras cidades do país.
Ficha Artística / Técnica
Texto, encenação | Mickaël de Oliveira
Assistência de encenação | Rita Morais
Interpretação | Siobhan Fernandes
Coro | Tune Up Voices
Desenho de Luz | Rui Monteiro
Sonoplastia | Rui Lima e Sérgio Martins
Figurinos | Sara Coimbra Loureiro
Comunicação e Assessoria de Imprensa | Sara Cavaco
Direcção de Produção | Francisco Leone
Produção | Colectivo 84
Co-produção e circulação em 2022 / 2023 | Teatro Académico de Gil Vicente [Coimbra], Cine-Teatro Louletano [Loulé], Teatro José Lúcio da Silva [Leiria], Teatro Aveirense [Aveiro], O Espaço do Tempo (residência artística) [Montemor-o-Novo]
Apoio da Direcção-Geral das Artes – Secretaria de Estado da Cultura
Sobre Mickaël de Oliveira
Nascido em 1984 (França), Mickaël de Oliveira é Mestre em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e doutorado em Estudos de Teatro (dramaturgia contemporânea) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FCT, FLUL, 2013). Desenvolveu um projeto de pós-doutoramento (FCT, ULisboa, 2016-2022) sobre a presença do texto na dança e no teatro contemporâneos. Foi ainda docente em instituições do ensino superior. Na qualidade de professor lecionou Gestão Cultural no Instituto Politécnico de Leiria, e nas disciplinas de História, Dramaturgia e Estética do Teatro, nomeadamente na FLUC, na ESTC e na Universidade Lusófona de Lisboa e do Porto.
Em 2009, co-fundou o Colectivo 84 de que é director artístico, com John Romão. Desenvolve o seu trabalho artístico apresentando espectáculos como “A Minha Morte” (2022), “Festa de 15 Anos” (2020), “Hantologia” (2019), “Sócrates Tem de Morrer” (2017/18), “A Constituição” (2016), “Oslo” (2015). Os seus espectáculos são apresentados em Portugal no TNDMII, TNSJ, Teatro Viriato, São Luiz, TAGV, entre outros. Em contexto internacional, apresentou as suas obras no Festival Mousson d’Été/Pont-à-Mousson (França), Théâtre de Liège e KVS (Bélgica), Teatro Nacional de Catalunha (Espanha, Barcelona), entre outros.
Foi distinguido com diversos prémios e nomeações, entre os quais, o Prémio Nova Dramaturgia Maria Matos (2007, Maria Matos TM, Lisboa), a Menção Honrosa do Prémio António José da Silva (TNDMII / FUNARTE, Brasil) e SPA. Reúne os seus principais trabalhos de escrita encenados por ele nos Tomos da sua “Obra Completa”, na editora Húmus (Tomo I, 2015) e II (Tomo II, 2022).
É director artístico do Festival END que promove a escrita e a dramaturgia no âmbito das artes performativas desde 2010, tendo realizado cinco edições. Foi director-adjunto, responsável pela programação do Teatro Académico de Gil Vicente (2011-2015). Em 2021, foi ainda artista associado do Teatro Viriato.