Campo, Força, Chama — Josefa Pereira
Projeto em residência artística que conta com um ensaio aberto no dia 8 de setembro, pelas 21h30, e antestreia no dia 9 de setembro, pelas 18h00, na Blackbox. Mais informações aqui.
Há este campo nosso, um terreno. Um lugar que contém e também emana, esquenta, e chama. Por vezes, isto é como um confronto com um urso. Somos essas danças-mordidas-de-urso, comidas pelo encontro. Quem chega também poderá atrair-se, ser mordido, talvez tornar-se híbrido também. Movemos ininterruptamente, e aqui estamos porque há de ser sempre em simultâneo, algo que só pode ser gerado quando e se ao mesmo tempo. Enquanto nos acompanhamos, pulsamos. Há tempos que já nos esquecemos como, por isso lembrar deverá ser aqui um gesto de toda invenção.
Ficha Artística / Técnica
Direção e conceito: Josefa Pereira
Criação e performance: Josefa Pereira, Natália Mendonça, Nina Botkay, Vânia Doutel Vaz
Companhia: Meiga
Pensamentos e práticas de preparação corporal: Danielli Mendes
Figurino: Nina Botkay
Trilha sonora: Cigarra
Luz e direção técnica: Ana Carocinho
Foto e vídeo: Pati Black
Imagem teaser divulgação: Gabriela Giffoni
Colaborações na investigação: Pati Black, Maura Grimaldi
Produção: Carolina Goulart, Sinara Suzin e Amandi
Apoio e gestão financeira: Parasita Associação
Agradecimentos: Vitor George, Paixão, Isabel e Gracinda, Azul, Bruno Caracol, Gabriela Giffoni, Henrique Entratice, Leticia Skrycky, Luciana Chieregati, Carolina Campos, Lysandra Domingues, Julia Feldens e Casa Líquida
Residências: O Espaço do Tempo (PT), La Caldera (ES), Futurama (PT) e Baal_17
Coprodução: O Espaço do Tempo, A Oficina e Cineteatro Louletano, no âmbito do Projecto CASA.
Sobre Josefa Pereira
Josefa Pereira (BR/PT) é coreógrafa e performer.
Sua prática artística mais recente se define por um campo orbitante em que curiosidades não lineares se aproximam atraídas por interesses como monstruosidade, fantástico e fabulação. A partir das perguntas “o que se faz”, “com o que se faz”, e o “como se faz”, surge um forte recurso à plasticidade como forma de engajamento entre coisas-matérias em que o gesto emerja enquanto força que sustenta uma coreografia enquanto situação.
Reside em Lisboa, e vive entre diversas parcerias artísticas na cena local. Concluiu o mestrado DAS Choreography – AHK (NL) como bolseira pela Fundação Gulbenkian e graduou-se em dança e performance na Comunicação das Artes do Corpo (PUC-SP) como bolsista do programa PROUNI. Participou também do PACAP I, promovido pelo Forum Dança (PT).
Entre seus trabalhos destacam-se Mandíbula e Égua em parceria da artista Patrícia Bergantin. Entre colaborações recentes estão As Canções que Catamos Contra os Muros que Limpamos junto de Catarina Vieira e Aixa Fagini; dramaturgia para O Elefante no Meio da Sala de Vânia Doutel Vaz; Kdeiraz de Natália Mendonça, entre outros.
Atua como professora de dança junto ao Forum Dança, e também ministra workshops e laboratórios de criação fazendo deste um espaço para experimentação e troca para sua prática e pesquisa artística junto de outres artistas e interessades.
Além de colaborações e parcerias se dedica à criação e circulação de seus trabalhos Hidebehind (2018) e Glimpse (2020) e Calor (2022) que fazem parte da trilogia Bestiário PINK. E em 2023 dirige pela primeira vez uma criação em grupo em Campo Força Chama.