Hotel Paradoxo — Alex Cassal
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Já pensaram se fosse inventada a máquina do tempo e pudéssemos viajar para o passado, mas apenas uma única vez? Qual seria o objetivo de cada um? Um safari pelas florestas jurássicas, entre samambaias gigantes e manadas de brontossauros? Uma tarde ensolarada diante de um anfiteatro grego, para assistir à estreia de Édipo Rei de Sófocles? Ou uma escolha mais pessoal: voltar ao dia do nascimento do seu filho, ao primeiro filme assistido a segurar a mão da pessoa amada, sentir novamente o cheiro a tabaco nas roupas do avô.
Entre todos os destinos possíveis duma hipotética viagem no tempo e no espaço, o protagonista de HOTEL PARADOXO escolhe realizar um salto quase doméstico: voltar ao Verão de 2009 em Lisboa. Há conflitos na Faixa de Gaza e testes nucleares na Coreia. Um avião da Air France desaparece misteriosamente no Oceano Atlântico. O observatório Planck é colocado em órbita, com a missão de investigar os traços da radiação cósmica emitida pelo nascimento do Universo. E no dia de um dos maiores eclipses totais do século XXI, dois desconhecidos encontram-se por acaso e passam a noite juntos num hotel. Partem ao amanhecer para nunca mais se encontrarem. Uma viagem em escala íntima, com pequenos desvios por praias quânticas com vista para o Big Bang e retiros rochosos num futuro longínquo e desprovido de vida.
Ficha Artística / Técnica
texto e encenação: Alex Cassal
interpretação: Marco Mendonça
música original: Felipe Rocha
vídeo realizador: a confirmar
desenho de luz: Tomás Ribas
figurinos: Miss Suzie
consultoria (astrofísica): a confirmar
apoio dramatúrgico: Joana Frazão
colaboração na criação: Paula Diogo
direção de produção: Daniela Ribeiro
produção: Má-Criação
residências: O Espaço do Tempo, CAMPUS Paulo Cunha e Silva
Sobre Alex Cassal
Nasceu em Porto Alegre, Brasil, 1967. Nos anos 80, foi um dos fundadores do Movimento de Grupos de Teatro de Rua de Porto Alegre, no qual contribuiu para a busca de novas diretrizes para a arte em espaços públicos. Licenciou-se em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É encenador, dramaturgo e performer. Os seus trabalhos exploram a relação com o outro e o desvendamento dos mecanismos cênicos na criação de espaços de encontro e desafio artístico. No Brasil, compartilha com Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello a responsabilidade sobre os Foguetes Maravilha, grupo dedicado à construção de uma dramaturgia própria, singular e altamente colaborativa. Colaborou com artistas e grupos de teatro e dança como Alice Ripoll, Dani Lima, Enrique Diaz, Gustavo Ciríaco, Clara Kutner, Ana Maria Taborda, Ói Nóis Aqui Traveiz, Alcateia, Márcio Vianna, Denise Stutz, Michelle Moura, Ricardo Chacal e Dimenti (no Brasil); e Paula Diogo, Cláudia Gaiolas, Tiago Rodrigues, Jorge Andrade, Marco Paiva, Márcia Lança, Tónan Quito, Keli Freitas e Sofia Dias & Vítor Roriz (em Portugal). Realizou com Alice Ripoll o curta-metragem de dança Jornada ao Umbigo do Mundo, exibido em países como Argentina, Cuba, México, Alemanha, Grécia, França, Itália, EUA e Japão. Nos últimos anos, idealizou os espectáculos Tiranossauro Rex (2017), Ex-Zombies: uma Conferência (2018), Morrer no Teatro (2019), Speed Date (2020), Biblioteca do Fim do Mundo (2021), e Subterrâneo, um musical obscuro (2022), entre outros. Vive em Lisboa.
Má-Criação
A Má-Criação Associação Cultural é uma estrutura sediada em Lisboa, criada por um grupo informal de artistas responsáveis pelos projectos Masako Point – Projecto 101 (2008) e Learning to Swim (2010).
Formalizada como Associação Cultural em 2015, a estrutura acolhe e produz neste momento os trabalhos de Paula Diogo e Alex Cassal, mantendo uma relação de proximidade com um núcleo de artistas regulares. Assume-se ainda como uma plataforma de produção para artistas interessados em criar pontes com projectos e criadores de outros contextos culturais, artísticos e geográficos, com uma forte componente autoral e assentes em processos de pesquisa e colaboração.